segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dispersa

Nos dias frios
aqueço os meus olhos com os sonhos
e no vazio
disperso os pensamentos ruins
pra que não haja um delírio insano
e não me encontres vazia
pois no vazio não existe ar
e sem ar padeço
e o peso dos pés me custam
o preço dos critérios de julgo
e voltar seria   normal
retroceder onde se fez historia
amanhecer na custódia do medo
de ter perdido o meu elo
entre o amor e o mistério
mas são teus os fraquejares
e todos os ricos elogios
desfaço o laço dos sapatos
atiro-me na cama cansada
de esperar o extremo
ao cobertor dou meu
 frio e então retiro o espinho
que me feriu tanto tempo
e passo saliva na dor
esquecendo todo o perigo
durmo do outro lado
só pra preencher o espaço
assim não me sinto sozinha
e nem me perco nos traços.