sábado, 7 de agosto de 2010

Faz de conta

Meus olhos parecem de vidro?
São tão facinantes meus lábios que não enxergas mais quem você é?
Parece tão distante o mundo se não estou ao seu lado?
Onde foi que você deixou seu amor próprio?
Como permitiu que te roubassem os sorrisos?
São tão verdadeiros meus beijos que te entregas assim?
Por que você me olha tão perdido ?
São tão enlouquecedoras as formas que te abraço, a ponto de perderem- se os teus medos?
Simbolismos e fantasias...
Ilusões vadias...
Como aqueles que se beijam nas ruas são as
fragâncias no ar
demônios e anjos carregando suas missões
para que todos empobreçam suas almas
ao encontrarem a paixão...
Tornam se fracos por amar demais
Vulneráveis por se amarem de menos
ternos com quem não merece
Vazios ao anoitecer
Choram como quem morre aos poucos
calam-se por se perder...
Por que se fazem tão longas as noites que você está comigo... e parecem tão curtas as que me encontro comigo...
já não faz sentido pensar no homem vitruviano...
é apenas o instinto, o devaneio, o paradoxo.
Você é feliz por que te faço sofrer?
Gosta quando não respondo o que você pergunta ou ignoro suas doces palavras?
Uma gota de tormento faz minha luxuria te ver...
é apenas faz de conta...
Será que você não vê?

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