E..
quando se encontram duas peles
se tocam quatro mãos
se envolvem em delírios estontenantes
as almas
os corações
E
o que se pode dizer sobre nós dois
senão o defeito da razão
que encolhe os sentimentos divergentes
absorve os mais temíveis sentimentos
E
O que se pode sentir dentre tantas coisas
a não ser o momento da inflexão
dos pensamentos perfeitos
dos que não temem o amor
E
o que se pode filtrar
dentro da cor do Anjo Negro
cujas asas me protegem
o sorriso me aquece
e o corpo me altera
E
se for uma algema calada e fria
que nos prenderá um ao outro
nada se pode fazer
quando o grito ecoa forte
quando o gesto teme o açoite
E
se mesmo assim ainda quiseres
minha carência absoluta
estarei entre teus sonhos e minhas fraquezas
para que possas ser a verdade
que um anjo deve ser
E
então entre a luz e a cor
estaremos unidos
para viver o prazer
de ser quem somos
a energia do sonho
a pureza do amor.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
Conduta
Seria ineficaz minha conduta correta
não fosse o mero defeito de amar...
fagulhas do fogo ...
a angústia de não ter indecisão
saber que o que quero arrepia
consome meus frágeis momentos..
Eu pensava que podia voar
que podia ser bem mais
embora me calassem todas as façanhas que a vida me deu..
Foram ilusões os meus deleites
e rebeldes meus desejos..
agora
fico aqui me traumatizando
e os meu hematomas ninguém pode ver
cada dia uma cidade
cheia de casas e prédios
cresce dentro de mim..
em cada uma mora um anjo
que ficará preso
até que alguém me traga a chave...
mas não espero um salvador
retiro devagar minhas pegadas...
cidade fantasma cidade verdade
traduzida na dança que ministro
lá estão os meus pedaços
pra que não se saiba quem sou
fico aqui absorta
olhando o vento bater
nas janelas
por onde espio as sacadas
vazias, cálidas e fechadas.
Cidades de medo cidades de gelo
onde um dia viveram poemas
hoje não vive mais nada.
Não fosse minha conduta carente
faria o meu sentimento
transformar-se em borboleta
pra voar muito longe de mim
e morar na menor estrela
pra poder assim viver calma
sem o gesto maléfico e contraido
que meu coração abatido
remove de dentro do mar.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Do LADO DE FORA
Estou do lado de fora
como quem olha sem tempo
as coisas que passam bem fortes
rápidas e quentes...
Estou do lado de fora
pra quem quer me ver por dentro
apago as substâncias ferrosas
que atacam meu fígado,meu tempo.
Estou com medo de mim
e nas encostas de ombros largos
deixo mordidas de fogo
arranho a pele sem carne
pra guardar um pouco dos homens
dentro de minhas unhas secas...
Estou do lado de fora
da minha boca que geme
na força, eu aperto intensamente
perco o controle
abraço...
como quem abraça o vento...
Amanhã, não se pode ter
o gosto que se tem no momento
são beijos e gozos perdidos
daqueles iluminados sentidos
entre páginas e gritos
lá está a culpa...
0nde tudo que perco.. sozinha
no vale fundo e gelado
ouço o eco tenebroso
das rugas , dos templos...
São as velas derretidas... é
a parafina, o amor
em cores e transparências
lá se vão
os anos, a flor
Estou do lado de fora
das pétalas, dos espinhos, da terra
olhando abstrata o regresso
das sombras dos objetos...
nada fica parado
quando visto pela sombra
da forma original pouco se ve
pão, vinho e fama
é assim que olham você
em de tudo que é a verdade
a sombra não expressa quem sou
na deformação enxergada
se julga na ira
e a entrega é calada
por que só veem a sombra...
Estou do lado de fora
da massa cinzenta que pensa
provoca impulsiona e abate
assim vejo a camada
da minha crosta terrestre
alagada de fluidos anônimos
que brigam dentro de mim
desconto tudo olhando nos olhos
do espelho amarelo sem fim
que rebate mil vezes minha imagem..
choro,
pois não sei qual delas sou...
Estou do lado de fora
na intenção de me misturar
com todas as falhas e gestos
engolindo e cuspindo a saliva
beijando minha própria boca
pra lembrar
que não posso viver sem mim.
como quem olha sem tempo
as coisas que passam bem fortes
rápidas e quentes...
Estou do lado de fora
pra quem quer me ver por dentro
apago as substâncias ferrosas
que atacam meu fígado,meu tempo.
Estou com medo de mim
e nas encostas de ombros largos
deixo mordidas de fogo
arranho a pele sem carne
pra guardar um pouco dos homens
dentro de minhas unhas secas...
Estou do lado de fora
da minha boca que geme
na força, eu aperto intensamente
perco o controle
abraço...
como quem abraça o vento...
Amanhã, não se pode ter
o gosto que se tem no momento
são beijos e gozos perdidos
daqueles iluminados sentidos
entre páginas e gritos
lá está a culpa...
0nde tudo que perco.. sozinha
no vale fundo e gelado
ouço o eco tenebroso
das rugas , dos templos...
São as velas derretidas... é
a parafina, o amor
em cores e transparências
lá se vão
os anos, a flor
Estou do lado de fora
das pétalas, dos espinhos, da terra
olhando abstrata o regresso
das sombras dos objetos...
nada fica parado
quando visto pela sombra
da forma original pouco se ve
pão, vinho e fama
é assim que olham você
em de tudo que é a verdade
a sombra não expressa quem sou
na deformação enxergada
se julga na ira
e a entrega é calada
por que só veem a sombra...
Estou do lado de fora
da massa cinzenta que pensa
provoca impulsiona e abate
assim vejo a camada
da minha crosta terrestre
alagada de fluidos anônimos
que brigam dentro de mim
desconto tudo olhando nos olhos
do espelho amarelo sem fim
que rebate mil vezes minha imagem..
choro,
pois não sei qual delas sou...
Estou do lado de fora
na intenção de me misturar
com todas as falhas e gestos
engolindo e cuspindo a saliva
beijando minha própria boca
pra lembrar
que não posso viver sem mim.
domingo, 7 de agosto de 2011
Sementes
Em meio ao caus frenético
as palavras se abrem em longas histórias
espalhando -se em minha mente e vertendo pelos meus lábios
escuto a mim mesma e me canso
são palavras vazias de carinho
tristes de expressão
verdadeiras no sentido
imortais no inconsciente
grandes momentos de genéricas teorias
que nada fundem nunca se unem
nada dizem aos outros
germinam sementes de carência
pra poder culminar em amor.
as palavras se abrem em longas histórias
espalhando -se em minha mente e vertendo pelos meus lábios
escuto a mim mesma e me canso
são palavras vazias de carinho
tristes de expressão
verdadeiras no sentido
imortais no inconsciente
grandes momentos de genéricas teorias
que nada fundem nunca se unem
nada dizem aos outros
germinam sementes de carência
pra poder culminar em amor.
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