quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O que bate

toca

fere 

O que toca


bate 

fere

O que bate


fere 

toca

e assim


os sonhos se perdem girando

pois nada tenho de pouco

apenas soltas, flamejantes, ondas...


encontro contigo no alem

onde moram as dúvidas
que repetidamente me assolam
já não tenho tanto trigo
para fazer o pão diário então
jogo os tombos da memória
no fundo poço umedecido
onde o escuro atormentara para sempre
os que me deixaram aflita
e nos frascos de vidro opacos
guardo as peças dos que amei fragilmente
assim a minha inocência está presa a ambição
e o gosto do gelo nos dentes
não mais sensível que eu
congela a trama de aranha
que teci enquanto  te amei.



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