quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CARACOL

Como uma casca
demora a quebrar
um caracol...

Sou o mesmo caminho que ele deixa marcado
com seus passos lentos
seus movimentos
mas na sua mente
a velocidade é fugaz
atropela
atormenta
enquanto o veneno
em seu corpo penetra
é o sangue que não tem...
o mistério...
segredo marcado
pelo gesto absoluto ...
seu caminhar extrapola
escandaliza...
não sabe andar em par
como uma peça de jogo
nada encaixa
é o preto da camada do escorpião
que gela
no contato que arde
retrocede um caracol
anda rápido o escorpião
são passos diferentes
que tremem um
o outro não.

domingo, 26 de setembro de 2010

JESUS

TU ÉS A LUZ DA MINHA VIDA
O BRILHO NOS MEUS OLHOS e
A CHAMA NO MEU CORAÇÃO !!!

sábado, 25 de setembro de 2010

Observo o amor do alto de um monte...

As chamas ainda sobem
entre as paredes do meu coração.
Esquentam, como se ele ainda sentisse
queimam, como se fosse pela razão,
mas algo está muito diferente...
a insensatez, o orgulho o rugido,
como o cheiro de plástico queimado
que arde o que pra mim
não é mais notável.
O rosto esconde a verdade,
os olhos mentem,
é involuntário
totalmente impulsivo
são os nervos pulsando rápido
no desejo temível do assombro
do chegar da noite,
repleta de escuros e claros,
de brilhos e opacos
tremendo como a flâmula da bandeira
que se agita no alto da minha cabeça
com dizeres explícitos inscritos
em hieróglifos indecifráveis aos comuns
representando o que me leva dia por dia
a acreditar que estou pensando em minha vida,
na pureza de meu gesto
que acena de longe pro amor
enquanto observa do alto de um monte
os beijos dos que sentem paixão
frágil norte que nos leva...
anéis que se vão,
e nas marcas deixadas por eles
a lembrança de quem viveu em par
e realmente detestava a solidão
mas que salvo as condutas errôneas
ainda possuída de desejos
permanecia calada na estação
enquanto ainda não vinha e não veio
o verão.

sábado, 18 de setembro de 2010

Estagnação

A pouco
ouvi sua voz em mim,
era como um suspiro agonizado
algo assim como um gemido profundo.
Ecoava suave e forte
meio devagar, mas cortava.
Deitada sobre minha mão
estudava o que falar,
pra responder sua sensação,
mas nada havia dentro de mim
pra que eu pudesse te ajudar.
Nem um pouco de dor
nem de salvação.
Gritava mais forte em minha mente
e meus ouvidos tentavam inutilmente
não escutar o que dizia.
No acalento da minha compaixão
eu não entendi muito bem.
Descobria em cada sílaba
que as palavras estavam mesmo desconectas
não era eu quem não entendia.
Eram os mistérios.
Eu lia nos seus olhos alguma falácia colorida
multiplicada pelo vento que espalhava
os grão tão pequenos e frágeis,
que corriam de uma montanha para outra.
Mas ninguém os via.
Nenhuma cor,
nenhum movimento,
nas espaçadas e enigmáticas manhãs sombrias.
As vezes o Sol aparecia,
na rapidez de sempre,
mas depois
sumia.
Tudo parecia tão calmo
alguma coisa faltava,
mais um assunto qualquer,
pelo espaço perdido.
Eram as palavras geradas
pela repleta impugnação
às pessoas que remetem
dúvidas
tantas,sobre mim.
A voz ainda pausada
gerava rebites colados
pra eu não esquecer do tempo
que passa desesperado
como se não bastasse a frieza
agora também a paralisia.
Nada mais posso fazer
senão esconder me inquieta
dançando o meu corpo na noite
pra viver enquanto me resta
um pouco de tudo juntado
no armário de cada dia.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010