A pouco
ouvi sua voz em mim,
era como um suspiro agonizado
algo assim como um gemido profundo.
Ecoava suave e forte
meio devagar, mas cortava.
Deitada sobre minha mão
estudava o que falar,
pra responder sua sensação,
mas nada havia dentro de mim
pra que eu pudesse te ajudar.
Nem um pouco de dor
nem de salvação.
Gritava mais forte em minha mente
e meus ouvidos tentavam inutilmente
não escutar o que dizia.
No acalento da minha compaixão
eu não entendi muito bem.
Descobria em cada sílaba
que as palavras estavam mesmo desconectas
não era eu quem não entendia.
Eram os mistérios.
Eu lia nos seus olhos alguma falácia colorida
multiplicada pelo vento que espalhava
os grão tão pequenos e frágeis,
que corriam de uma montanha para outra.
Mas ninguém os via.
Nenhuma cor,
nenhum movimento,
nas espaçadas e enigmáticas manhãs sombrias.
As vezes o Sol aparecia,
na rapidez de sempre,
mas depois
sumia.
Tudo parecia tão calmo
alguma coisa faltava,
mais um assunto qualquer,
pelo espaço perdido.
Eram as palavras geradas
pela repleta impugnação
às pessoas que remetem
dúvidas
tantas,sobre mim.
A voz ainda pausada
gerava rebites colados
pra eu não esquecer do tempo
que passa desesperado
como se não bastasse a frieza
agora também a paralisia.
Nada mais posso fazer
senão esconder me inquieta
dançando o meu corpo na noite
pra viver enquanto me resta
um pouco de tudo juntado
no armário de cada dia.
sábado, 18 de setembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário