domingo, 4 de dezembro de 2011

Pátria amada

Embora pareça seguro
o berço explêndido
nada se pode garantir sobre direitos
e sejam eles escritos
estão mais concretos nas lápides
pelo descaso e regresso
nenhuma ordem se faz
para tornar mais humano
o mundo em que moramos
pequeno reduto povero
alagado,destronado e corroido
onde passeiam livremente
germes bactérias e virus
intoxicando a parte central
de um Brasil mórbido e magro
onde choram cálidas mães gentis
com claves fracas
observam atônitas as balas que atacam nossas crianças
tão doces ,esqualidas bandeiras
ofegantes, não balançam com o vento
o braço - fraco
pendurado no batente se sustenta
no trafego das horas deprimentes
velório sem retorno
mas os emergentes continuam
construindo suas piscinas
afrontando com verde e amarelo
o celeiros vazios  com clorofórmio
atacam nosso povo pobre
em emio as margens plácidas
nomes,gestos audácias
pelo poder outorgado
não és mais pátria amada..

No azul pontos brilhantes são estrelas
pontos brilhantes de bandeira
nao se foge a luta
tantos morrem pela liberdade
esquartejados somos meros observadores
dos altos custos desesperados
operários são escravos
sem moradia comida - apoio
se come manga com leite
e o veneno das lendas
democráticas políticas
não se colhe o novo mundo
do que a Terra mais garrida
nossos campos estão cheio de corpos
devorados por vingança
lá estão eles
olhando os números
índices de genocídio..
pelo poder outorgado, não és mais pátria amada
verde louro da flâmula
pisado e maltratado
pelo juizo dos que não temem a vida
entre as grades das prisões
aguardam o indúlto
Oh liberdade
para caminhar até a aesquina empoeirada
que inalam de euforia
será mais um habitante acabado
misturado à música
o dedsprezo, o desagrado.
Somos os degetos
os restos
perdedores da luta
para os amantes  das plumas
jogos e bolas
armas , favelas , funk e bundas
acordaremos mais felizes
pois estaremos mais burros.

Pelo poder outorgado,
não és mais pátria amada.

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