Sendo eu simples átomo de pensamentos solúveis
busco atônita o extremo de mim
onde moram epígrafes , versos
movimentos...
gestos e irritações ...
Dissestes a mim o mundo é cinza
e nao branco ou preto
entao questiono o teu cinza
tranformando em mundo de cor
pois os medos que nao sentes nunca
por sua segurança te escrever
me carrega na margem de um rio
e nele nem sei como navegar
não conheço os teus segredos
nem pretendo neles me infiltrar
sao para mim pó de medo
palma de uma mao sem linhas
nada se pode ler
mas o desafio me comove
e sendo eu mulher rebelde
tocarei o rock que descreve
em notas baixas meus desejos
ora graves ora agudos
e nos pelos macios de um gato nobre
agrego polem de flor
e o cheiro que percorre o ar restrito
te dira em apelos aquecidos
que ja nao sinto mais dor
em ganhar ou perder sonhos
pois neles fortaleço o respeito
por tamanha fonte que nasce
clara e límpida água
água de questões de diálogos
de cavernas com sombras platônicas
e quem morará nos teus planos?
Quem poderá resgatar tua pureza?
Ja perdeste a inocência a tempos
e conhecendo tanto assim de si mesmo
serei eu mera coadjuvante
( nunca subestimada por ti)
a encarar te nos olhos
espelhos fortes de mim
onde farsas e comedias se encontram
páginas amarelas que voaram
do passado que me transformou
em fovismo desleal
impressionismo pontilhado
fragmentos disconectos
embebidos na ousadia
me desestabilizas totalmente
e assim, ardente ensaio
concretizo o mágico beijo
aqui transformado em palavras
para que creias no toque
estrondoso e veloz
apelativo e fugaz
que chamo de amor.
domingo, 28 de outubro de 2012
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