Se acaso o poema pudesse te convencer
que os meus sonhos são bem maiores que minha expressão
e que dentro dos meus olhos existe tanto amor - mais tanto amor
que não se dissiparia com nenhuma tempestade- nenhum problema
mas
quem sou eu pobre mortal
sem grandes segredos pra esconder
com uma sinceridade absurda
que não consegue ver maldade em nada-
sou uma enganada
alguém que perdeu a noção do que é real
sendo assim tão forte
prefiro a honra à morte
pois nada calaria minha sede
incansável de amar o próximo
e nem tão pouco a rede descansaria meu corpo
não sinto o cansaço nem o mal que me fazem
nada sinto senão amor
e nos olhos alheios a esta minha verdade
gero e giro no infinito
olhando as estrelas que todos veem
mas não sentem como eu as sinto
sou o temido ser que ama
sem nenhuma restrição
e amarei profundamente a todos
sem tremer diante da paixão
pois sem a paixão não resido
em nenhum lugar calmante
sou o acaso delirante
dos que trepidam sem terremoto
sou daquelas que enfurecem os que não podem mais se olhar no espelho
sem ver outra pessoa que nem existe
espero perder me na hélice
que faz o vento em minha face
esfriar o meus desejos falidos
por onde sempre caminho
tentando viver como amante
daqueles que tem tantos medos
e a sombras que fazem nas paredes
são reflexos diferentes
formas que não se conduzem
nada fazem por si mesmas
sórdidas pessoas que não amam
triste fim será o deles
pois nada se leva na alma
senão os amores vividos
então amarei profundamente
e na luta encontrarei minha metade
que talvez seja eu mesma me procurando
no desastre que é ficar sozinha
e nesta jaula amante
sou um nada viajante
que brilha olhando o vazio
que desnuda minha fala carente
como as folhas caindo no outono
apodrecem velhas e secas
assim me encontro perdida
na floresta na mata na vida
tentando e tentando sem parar
me ferindo e entregando minhas feridas
mas há de ter alguém assim gerado
do mesmo barro molhado
que ainda sinta na chama
a vontade de ser livre comigo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
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